18 outubro, 2010

Sempre te amei...mesmo sem dar por isso.

A vida passa a correr e vamos perdendo coisas importantes no meio dessa correria desenfreada. Mas talvez a perda maior seja deixarmos que os afectos nos passem ao lado. Deixamos de "conviver" com pessoas que são do nosso sangue, que nos são próximas, com uma leveza, quase leviandade brutal e até temos consciência disso, mas simplesmente deixamos... há sempre desculpa, e a principal é a falta de tempo, ou porque quem ligou por ultimo fomos nós.
Um dia recebemos aquele telefonema em que as noticias são péssimas e ficamos com o coração apertado a saber que uma doença grave entrou na vida dessa pessoa e de repente tudo nos passa pela cabeça. Começamos a tê-la no pensamento mais tempo num dia do que às vezes num ano.
Culpamo-nos, ficamos com raiva por mais este pesadelo, chegamos a por tudo em causa, até Deus.
Adoro-te meu irmão e para cumulo precisei de te ver numa cama de hospital para saber o quanto te adoro.
Pensar que te posso perder sem nunca ter usufruído de ti leva-me às lágrimas.
Deverei ter sido toda a vida a tua maior critica, pela tua falta de ambição, pela vida que sempre tiveste, mas sempre falei por revolta, porque sempre quis mais para ti e sempre achei que deverias ter vivido de uma forma diferente. Mas a escolha também foi tua e nós não temos de ser iguais, portanto teria de te amar apesar de todos os defeitos de que sempre te acusei. E amei...senti-o quando olhei de novo para ti. Amei-te este tempo todo, mas a correria e as desculpas não me deixaram sentir esse amor...
Põe-te bom depressa!
Um beijo da tua irmã que te ama muito.

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