30 setembro, 2010

A ternura dos...36

Mais um aniversário passou e encontro-me então com 36, será que ainda posso dizer primaveras?!
Nunca me preocupei com a idade e sinceramente ainda não me preocupa, mas não posso deixar de confessar que quando penso que já estou mais para os 40 do que para os 30...
Sem querer ser pretenciosa quando olho para o espelho ou me comparo com algumas pessoas da minha idade, acho que não tenho aparência de 36 anos...pode acontecer do meu espelho da casa de banho ser simpático comigo...afinal há 7 anos que somos "companheiros", mas existem outros que sem terem qualquer relacionamento com a minha pessoa me dizem basicamente o mesmo.
Dei por mim a tentar lembrar-me da ultima visita que fiz ao oftalmologista...já lá vai algum tempo...mas não...ele na altura disse-me que pelo menos até aos 40 não iria precisar de óculos, e realmente até hoje a coisa tem-se aguentado. Ainda por cima o Sr. Dr. tinha óptimas referências.
No dia do meu aniversário um amigo de longa data disse-me " 36 anos no auge da beleza", pensando que o meu amigo também não terá problemas oculares, e apesar de ser ele um autentico cavalheiro, gosto de pensar que estou melhor agora do que aos 20, mais madura é certo, mas olhando para isso como uma qualidade e não como um defeito.
Mais do que a aparência que os 36 me deram, prefiro sobretudo a pessoa que sou hoje, com mais experiência, com um caminho a seguir. Tenho momentos em que me perco a pensar no que poderia ter feito e que provavelmente já não farei, mas existem muitas coisas que fiz que depressa me ocupam o pensamento e deixam de lado essa nostalgia. Casei por Amor achando que era para toda a vida, não foi, mas valeu enquanto durou, tenho uma profissão que adoro e pela qual visto a camisola todos os dias, tenho uma vida independente de quem quer que seja, tenho a minha casa, a minha gata, os meus(grandes) amigos e tenho o meu Filho, a minha maior criação, a minha obra prima. Sou posta à prova todos os dias por ele e acho que me vou saindo bem.
Mais do que uma boa aparência física, espero que estes meus 36 anos me tragam  mais força, mais capacidade, mais tolerância, mais energia e sabedoria para desempenhar o meu papel principal de Mulher, mas sobretudo de Mãe. E este, quero mesmo desempenhá-lo com Alma...

28 setembro, 2010

Gostos...não se discutem! (qq semelhança c/ um programa de tv é pura coincidência)

GOSTO: de rir, do mar, do sol, de dormir, de me espreguiçar, da brisa quente de verão, de anedotas, de futebol, de romances, comédias e filmes de acção, de gatos, de caipiroskas, de vinho tinto, de champanhe bruto, de chá, da amizade, do amor, da paixão, do beijo, do sexo, de pessoas com alma e civilizadas, de pão com manteiga, de queijo, de chocolate, de pasteis de massa folhada, de bacalhau com natas, de melancia, de cozinhar, de ler, de escrever, de raciocinar, de fechar os olhos e sonhar, de tulipas brancas, das cores, de saltos altos, de havaianas, de jeans, de me enroscar, de viver!...Amo...o meu filho!

NÃO GOSTO: de caracóis, de couve flor, de broculos, de arroz de cabidela, de enguias (q nojo), de rastejantes (bichos e humanos), não gosto de filmes de ficção cientifica, detesto a podridão humana, guerras em nome das religiões, não gosto de gente hipócrita, desonesta, que cospe no chão, que vive bem com o mal alheio, detesto a falta de civismo e respeito pelos outros, gente mal amada, não gosto de acampar (já gostei muitooo), não gosto de descascar laranjas...nem limões, de tirar as pevides à melancia, não gosto do Outono nem do Inverno (e por isso) não gosto da chuva nem do frio, normalmente não gosto...de quem não gosta de mim...ora essa! :)

20 setembro, 2010

Espírito de Segunda- Feira

Estou mesmo com espírito de segunda-feira.
Não é que eu saiba muito bem o que é isso de espírito de segunda-feira...ou de sexta-feira... Mas o que é certo é que a conotação sobre segunda é sempre pior do que sobre sexta.
No outro dia disseram-me " – Odeio segundas-feiras, só de pensar que no dia seguinte é segunda-feira, já fico mal disposta ao Domingo!"
Isto faz algum sentido?! Então o tal espírito de segunda, já começa ao Domingo? Chama-se a isto sofrer por antecipação...ou não ter grande coisa que fazer ao Domingo, senão não se perderia tempo a pensar que no dia seguinte será segunda-feira.
Segunda começa a semana de trabalho para a maioria das pessoas, mas isso deveria ser motivo de alegria...como será para quem não tem um trabalho para onde ir à segunda-feira? Falando dos que querem trabalhar, claro!
Pois...pensando assim... Digam lá, a segunda-feira não é assim tão má pois não?!

17 setembro, 2010

Afectos

Apesar do ar de durona, que dizem que eu tenho, tornei-me numa sofrega de afectos. Ninguem diria...cheguei a fazer terapia por causa da minha quase incapacidade de demontração de afectos.
Não é que não gostasse das pessoas, mas formava-se uma barreira invisivel que me impedia de tocar, abraçar, beijar com aquela naturalidade com que se exprimem os sentimentos para com quem se ama, a familia, os amigos mais chegados.
Hoje tenho tanta necessidade de sentir o calor das pessoas que nem me reconheço!
Não mudei assim tanto, acho que esta faceta estava cá...sempre esteve...mas por uma razão deconhecida não era visivel.
Não quero relativizar, tirar conclusões sobre como aconteceu esta mudança, simplesmente foi acontecendo.
Mas de uma coisa tenho a certeza, dá-se aquilo que se recebe, fazemos os outros sentir, aquilo de que o nosso coração se alimenta e sem alimento não há partilha.
Tenho o coração bem alimentado e a alma livre... assim, é quase instintivo o abraço...o beijo...o suspiro.
Acho que sou uma pessoa melhor, pelo menos eu vivo melhor com a pessoa que sou hoje.
Adoro-vos meus amigos, um a um e não estranhem se um dia destes me agarrar a vocês com muita força. Preciso disso para continuar a ser feliz!

15 setembro, 2010

A Carta Que Eu Nunca Te Escrevi



Há letras que em alguma altura da nossa vida fazem todo o sentido.
Esta teria feito, numa dessas alturas.
Só hoje tive conhecimento dela, e apesar da mensagem estar ultrapassada, não pude deixar de a registar.

"Desde o começo não sei quem és, no fundo não te conheço
Se calhar sou o culpado, se calhar até mereço
Quis confiar em ti, mas não deixaste não quiseste
Imagino as coisas que tu nunca me disseste
Às vezes queria ser mosca e voar por aí, pousar em ti
Ouvir o que nunca ouvi, ver o que nunca vi nem conheci
Saber se pensas em mim quando não tás comigo
Será que és minha amiga como eu sou teu amigo?
Será que falas mal de mim nas minhas costas?
Há coisas em ti que tu não mostras, ou já não gostas
Quantas vezes te pedi para seres sincera, quem me dera
Imagino tanta coisa enquanto estou à tua espera
Apostei tudo que tinha e saí a perder, sem perceber
Surpreendido por quem pensei conhecer
Sem confiança a relação não resiste, o amor não existe
Quando mentiste, não fiquei zangado, mas triste
Não peço nada em troca, apenas quero sinceridade
Por mais crua e dificil que seja, venha a verdade!
Será que me enganas, será que chamas ao outro o que me chamas?
Será que é verdade quando me dizes que me amas?
Será que alguém te toca em segredo?
Será que é medo? Será que para ti não passo que mais algum brinquedo?
Será que exagero? Será que não passa de imaginação?
Será que é o meu nome que tens gravado no teu coração, ou não?
Eu sou a merda que vês, ao menos sabes quem sou.
E sabes que tudo que tenho é tudo aquilo que eu te dou
Nunca te prometi mais do que podia
Prefiro encarar a realidade a viver na fantasia
Também te magoei, mas nunca foi essa a intenção
E acredita que ver_te infeliz partiu_me o coração
Mas errar é humano e eu dou o braço a torcer
Reconheço os meus erros sei que já te fiz sofrer
Porque é que não me olhas nos olhos quando pedes perdão?
Será que é por saberes que neles vês o refexo do teu coração?
E os olhos não mentem enquanto a boca o faz
E se ainda não me conheçes,
então nunca conheçerás
Serás capaz de fazer o que te peço?
Desculpa_me ser mal educado, quando stresso
Assim me expresso, sofro e praguejo em excesso
Se conseguissemos dialogar já seria um progresso
A chama enfraquece e está a morrer aos poucos
Porque é que é assim, será que estamos a ficar loucos?
Acho que nunca soubeste o quanto gostei de ti

Esta é a carta que eu nunca te escrevi..."