13 dezembro, 2010

O (Des) Amor...

Tanto de falou, fala e falará do Amor que às vezes temo que o assunto se torne um pouco gasto. Poetas, escritores, músicos, pessoas anónimas, tantos já dissertaram sobre o assunto, que tenho a ideia de que muito pouco poderei eu dizer  de relevante.
De qualquer maneira vêm-me à ideia historias mais ou menos próximas que me põem a pensar que cada um vive, respira, sente, agarra o Amor à sua maneira.
De todas as pessoas que se dizem apaixonadas, quantas estarão na realidade a viver um grande Amor?
Quantas confundem Amor com Paixão?
Quantas estão certas de Amar, mas só até ao dia seguinte? Quando acordam já mudaram de ideias?
Depois há outros tipos de Amor, pela família, pelo animal de estimação, pelo dinheiro, pela profissão...mas isso fica para outro dia!
Conheço vidas de solidão, de sofrimento, de palermice (desculpem), porque alguém se lembrou de se agarrar a um Amor que já não dá nem dará mais frutos, e definham, choram, perdem a lucidez, enfim...perdem tempo e quem ganha são os psicólogos!
Não quero com isto dizer que nunca fui assombrada com uma doença destas, claro que sim, quem não foi? Mas  acabo sempre por tomar um antibiótico e a coisa...passa (demore o que demorar).
Fazendo assim uma retrospectiva, posso começar pelo primeiro Amor, de que muita gente já nem se lembra, o meu foi o......bem tenho algumas duvidas...adiante. Depois vêm os Amores d' adolescência e por esses...sofre-se TANTO!!!Mas são se calhar os que são sentidos com mais intensidade e verdade, apesar de ser a idade das tragédias gregas.
Enfim crescemos (alguns) e tentamos tornar mais sérios os nossos relacionamentos, até que um dia encontramos a  pessoa que cremos ser a "tal", aquela com que queremos partilhar o resto dos nossos dias, na saúde na doença, na alegria na tristeza, até que a morte nos separe (onde é que eu já ouvi isto?).
O Amor aí, atinge o auge (falo por mim), o auge  do sentimento, da confiança, das certezas, do querer, da felicidade e passamos a ter outra visão do Amor.
O Amor encarna e aos nossos olhos passa a viver em nós naquela figura que partilha connosco o ar, a casa, a mesa, a cama, a vida... as gargalhadas, as lágrimas, a pele...
Mas por vezes a "morte" chega mais cedo, e dá-mos por nós a ter de reinventar o Amor...e dá cá uma trabalheira!!!!
Tudo em que acreditavas passa a uma mentira, começas a por tudo em questão, os anos que se passaram, o sentimento que te inquietava mas que era delicioso, a tua dádiva de vida, as frases ditas, os olhares trocados, as palavras mudas, o entrelaçar de mãos, as carícias, o acelerar do coração, as horas, os minutos, os segundos...
Mil perguntas..nem uma enciclopédia te sacia...quase que enlouqueces!
Numa fracção passas de bestial a besta...e dói...como dói!
No entanto continuas a acordar todas as manhãs, o Sol continua a nascer, o relógio a andar, e um dia vês-te reflectida naquele espelho para o qual não olhas há muito tempo e decides...continuar a Viver, continuar a Amar!

1 comentário:

  1. Claro que continumos...Vamos em frente e descobrimos que afinal o AMOR é mais ainda...

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